terça-feira, 22 de setembro de 2009

Jornalismo de serviço

Quebrando os paradigmas do jornalismo convencional, o jornalismo de serviço veio trazer a sua função social à tona. Mas ao contrário do que parece, não é um simples utilitário pra preencher páginas ou reforçar a imagem do bom jornalista, amigo da população.
Prestar serviço pelo jornal impresso é, como afirma Marques de Mello que ele "surge no limiar da sociedade da informação" é reforçar a imagem humana da profissão. É uma forma de dizer ao seu leitor: nós estamos de olho, nós estamos te ouvindo. Se a era do Ipod trouxe a superinformação, o jornalismo de serviço se assemelha a um lorde inglês andando pelas ruas de Nova York nos dias de hoje. Se todo mundo anda para cima e para baixo com seus Ipods, não escutando o mundo a sua volta, o lorde é aquele velhinho que insiste em dar bom dia no elevador, ser simpático com as pessoas, e mostrar que por mais que se forme uma sociedade virtual, todos vivem no mesmo mundo real.
"Boa parte das pessoas que leem o jornal num determinado dia procura ali informações úteis para a vida", parafraseando Marcelo Leite, é a síntese do jornalismo de serviço. E quando ele erra, o leitor percebe. Há algum tempo atrás, aconteceu um vazamento em frente ao local onde moro. Na dúvida, obviamente fui até o jornal descobrir o número que deveria ligar. E o número estava errado. Conclusão? A partir de agora, pratico minhas buscas no Google, perdi a confiança no jornal, assim como várias outras pessoas que conheço que perderam sessões de cinema, que viram matérias mal apuradas. O mau uso do jornalismo, como vemos, pode ser um fator negativo.
Sou assinante de dois grandes jornais, um nacional e um local, e sempre busco neles informações rápidas e úteis. Mas, de uns tempos pra cá, eu sou um adepto do google. Isto reforça um sentimento: até para ser voluntário o serviço deve ser bem feito, caso contrário não deve-se oferecê-lo, pois põe-se em dúvida a imagem do jornal.
E no meu momento ápice de revolta, descobri há uma semana que fui aprovado no vestibular há dois anos atrás numa universidade do Rio, via google. Mas como só acompanhava o resultado pelo jornal, descobri tarde demais. Da minha revolta, exponho o seguinte ponto de vista: se for para prestar serviço, que ofereça não uma gentileza, ou cortesia, mas sim um contrato de confiança com o seu leitor. Caso contrário, o jornalismo de serviço será sepultado pelo "Google it".

2 comentários:

  1. Léo e o jeito gentleman de fazer jornalismo! =D
    Gostei de ver...
    A propósito, também descobri via google que tinha sido aprovado na Uerj - seis meses depois da lista de reclassificação... lol
    Abraço e sucesso no blog

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  2. Adorei o texto. Continue escrevendo, por favor. E parabéns pela UERJ! (mas que bom que você ficou aqui) Beijos.

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