domingo, 1 de julho de 2012

De onde vem a força?

Juiz de Fora, primeiro de julho de 2012.

É marcante que eu esteja aqui neste dia tão raro.

Quase sete meses depois de ter caído na piscina como futuro Presidente da AIESEC no Brasil, eu me vejo deitado na mesma cama que estive nos últimos 23 anos no que eu chamo de minha casa. Procurando pensar nos caminhos que, ao longo destes 4 anos, fizeram as minhas escolhas se adequarem ao perfil, momento e propostas necessárias à organização.

Não é um momento fácil tomar qualquer nova responsabilidade como tua. Se sentir num novo ambiente, com novos desafios, novo papel esperado... toda esta parte de evolução é normal e assusta o ser humano, não é? Existe uma frase que sempre me motiva é a de que, não importa o quanto você se planeje e preveja cenários do futuro, as coisas darão errado, quer você queira ou não; o que fará a verdadeira diferença é como você reagirá a isto.

E é impressionante como um turbilhão de emoções vem à tona nesta hora. No mesmo momento em que assumo tal responsabilidade, vejo ao lado da minha escrivaninha a foto da minha turma de faculdade, que me ensinou tanto sobre conviver em grupo e trabalhar com uma função tão importante quanto comunicação; vejo o obituário do meu pai, exímia inspiração e pessoa sempre presente nos meus planos futuros e coisas que vivi ao longo destes anos; Vejo a minha foto com minha mãe e meu irmão, alguma das maiores fontes de energia que tenho desde o início da minha vida; diferentes momentos, como meu intercâmbio nos EUA, minha primeira viagem internacional, minha primeira conferência internacional, o primeiro trainee que recebi na minha casa... todos os momentos parecem olhar pra mim e conspirar para o dia de hoje.

Porque eu não acredito muito em estímulos de motivação externa. Acredito que a maior recompensa que existe é a certeza de ter feito o melhor trabalho que poderia ser feito. Um constante retrato de que não deixou-se de suar até o último segundo por algo que realmente acredite. E eu acredito....

Acredito num empenho descomunal que pessoas tem por um propósito em que invistam seus recursos (dinheiro, bens pessoais), expectativas e tempo para fazer algo diferente. Mas o que leva as pessoas à este local? A este sentimento de paz de estar feliz se dedicando a algo assim?

Como é difícil falar pelos outros, eu falo por mim. Sempre observei que ao longo dos anos fui mudando uma série de características. Mas o que não muda com tanta frequência são meus sentimentos.

O sentimento de felicidade ao reviver cada um destes momentos, lembrar desde minha origem as lembranças mais fortes, quando vi que meu instinto apontava que eu estava indo pro lado certo. E o quão mais eu repito este sentimento, mais eu vejo que tenho dedicado minha energia aos elementos que fazem parte do que eu quero construir.

Olhar pro lado, me sentir apto de novo a escrever e revelar meus sentimentos mais íntimos é pra mim um achado. Porque se eu demorei mais de ano pra voltar aqui é porque estava em busca de algo.

E eu achei. Eu achei o que me faz feliz. Eu achei o que me move durante todos estes anos. Os sentimentos mais intrínsecos que existem que conectam minha existência a algo maior.

No fim do dia, o que fará a diferença pra mim é o quão útil eu me sinto. O quão, seja útil em pequenos momentos do dia a dia em que troquei algumas palavras com meu irmão, jogando videogame para alegrá-lo, conversando com minha mãe, até gerindo uma reunião ou escrevendo o que eu sinto.

Cada dia é uma oportunidade de expressar sua essência. Seus sentimentos. Sua força. E não importa de onde ela venha, é importante entendê-la.

Um novo ciclo se inicia. Mas será tão mais desafiador que os outros? Será que haverão desafios maiores ou menores? Pra mim é claro que cada momento teve seu peso àquela hora. Nem melhor nem pior, simplesmente diferente.

The Age of unreason

Old Golfers don't win (it's not an absolute, it's a general rule).
Why?
The older golfer can hit the ball as far as the young one.
He chips and putts equally well.
And will probably have a better knowledge of the course.
So why does he take the extra stroke and denies him victory?
Experience.
He knows the downside, what happens if it goes wrong, which makes him more cautious.
The young player is either ignorant or reckless to caution.
That is his edge.
It is the same with all of us.
Knowledge makes us play safe.
The secret is to stay childish.

:)