terça-feira, 13 de abril de 2010

A vida sem impacto não é uma existência plena

Já faz um bom tempo que eu não paro para escrever aqui no Blog. Confesso que passei por uns momentos em que me perguntei se não estava sendo repetitivo, se minhas idéias eram realmente válidas de espalhar; se isso realmente fazia diferença, não só para mim, mas para alguém que se interessasse em ler algo escrito por mim; junte-se isto aos problemas do dia-a-dia, e lá se vai mais de um mês sem posts.

Durante este tempo, pensei muito sobre o que seriam idéias que deveriam ser externalizadas. E andei filosofando sobre algumas situações que tiveram algo em comum na minha vida, especialmente desde meu aniversário.



Eu nunca fui suficientemente bom em nada. E digo isso feliz da vida: eu nunca tive as melhores notas na escola, eu nunca fui o melhor jogador de basquete, eu nunca fui o orador que se destacasse. Isso sempre foi algo que assombrou meus sonhos: se eu não era suficientemente bom em nada, o que eu iria fazer da minha vida?

Por suficientemente bom, entende-se pessoas que realmente nasceram com algo chamado talento. Eu vi e vejo muita gente talentosa e boa naquilo que faz. Quando eu me acho bom em alguma coisa, como não sei, cinema, tem alguém que consegue me descrever toda uma cena sem perder nada; quando eu me achava bom jornalista esportivo (acredite, eu entrei na faculdade pra escrever no LANCE e trabalhar na ESPN Brasil), eu via alguém com memória impecável e que conseguia visualizar um lance como ninguém; quando achava que jogava bem basquete, handball, até videogame, sempre existe alguém muito talentoso que me fazia ver que eu realmente devia estudar muito mais ou praticar ainda mais.



Não falo isso com desgosto ou chateado não. Falo isso como uma verdadeira constatação. E por isso, desde pequeno fui acostumado a me esforçar muito; estudar muito, correr atrás. Meu pai sempre me falava: "Não me importa o que você vá fazer, simplesmente seja o melhor que você pode ser e faça algo que você gosta". Foi aí que comecei a fazer de tudo: formei em italiano com 15 anos de idade (foto acima), estudei informática, filosofia, tudo que desse na cabeça. Até a época do vestibular, não tinha idéia do que fazer, mas fui muito levado a reflexão na minha terapia. Pensei em tudo que eu gostava de fazer.

Eu gostava de ser filósofo, porque moldava pensamentos e teorias que tivessem aplicabilidade na vida das pessoas. Lia, gostava de saber de tudo, e achar um sentido lógico para a minha existência; Gostava de estudar outras línguas, porque não gostava de me sentir simplesmente brasileiro, mas sim um cidadão do mundo, e não existe nada melhor que ter um mundo de oportunidades a sua frente para melhorar a vida das pessoas; gostava de jornalismo esportivo, porque estava diretamente relacionado à emoção das pessoas, e já havia rido e chorado muitas vezes. E consegui chegar a uma relação entre estes elementos.


Aplicabilidade de teorias na vida das pessoas é impacto; é dar a elas a possibilidade de dividir sentimentos e impressões que realmente simplifiquem e otimizem sua qualidade de vida. Ser um cidadão do mundo é impacto, é trazer um sentimento de que você pode e deve melhorar a vida de outras pessoas, por mais distantes ou difícil que este contato possa parecer; mexer com as emoções é impacto, para que você possa trabalhar com a possibilidade das pessoas superarem problemas que sejam empecilho para sua realização pessoal ou felicidade.

Percebi que para mim, não importa o que faça: eu quero causar impacto. Chegar ao final da sua vida e lembrar de todas as pessoas que você fez inspirar, que se desafiaram, que agradeceram por você ter aparecido na vida delas. Porque eu sei que nos últimos momentos da minha vida, é disto que eu vou lembrar; dos meus filhos, do legado que deixei intrínseco a minha existência: a possibilidade de mudar a vida de alguém para melhor, e a partir destas mudanças, construir um mundo melhor.

Escolhi minha faculdade, mas isso pouco me importa hoje; me importa mais o que eu faço pra ser o melhor que eu posso pra minha família, pra mim, pra minha profissão; o que importa é ter a consciência limpa de que tudo está voltado para que eu não esqueça a missão da minha vida:

"Por mais que você se esforce, planeje-se, problemas vão aparecer, de uma forma ou outra; o que vai fazer a diferença é como você vai lidar com eles."

E desde então, dedico cada minuto que eu tenho de vida útil a este propósito: ajudar para que as pessoas possam superar os problemas de sua vida para atingir a realização de seus sonhos e felicidade. Dizer o que sinto, estar pronto a ouvir e ao exercício contínuo de se melhorar, pensando um dia em causar o mesmo impacto que as pessoas brilhantes que passaram pela minha vida causaram a mim.
Isso faz pleno sentido para mim, e acho que isto é o que basta para tornar a atividade de existir plena para cada um de nós!

"Por não saber que era impossível, ele foi lá e fez"

3 comentários:

  1. Olá, meu nome é Amanda, moro aqui em Campinas e queria dizer que achei seu blog absolutamente por acaso e depois de ler um monte de seus posts, ele vai definitivamente pros meus favoritos. Continua a impactar as pessoas, mais que vc mesmo, o mundo precisa de gente com essa energia :)
    abraços

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  2. Oi amanda!
    Muito obrigado pelo comentário, são situações assim que me motivam a escrever e dividir os meus sentimentos com quem quiser ouvir. Espero que você continue gostando! Eu escrevo de coração mesmo, e fico feliz quando pessoas se identificam!
    Abraços!!!

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  3. Leo, gostei muito dessa postagem!
    Eu não leio todas, mas algumas realmente chamam a minha atenção!!
    Você tem uma base familiar muito bonita e isso está cada dia mais se mostrando em quem você é. Parabéns!

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